Muitos profissionais de representação comercial se deparam com uma dúvida comum: vale mais a pena trabalhar como empregado CLT ou abrir uma empresa e atuar como Pessoa Jurídica (PJ), emitindo nota fiscal?
A resposta depende de vários fatores, como a carga tributária, os custos envolvidos e os benefícios de cada modelo.
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ToggleTrabalhando como CLT
No regime CLT, o profissional possui direitos trabalhistas assegurados, como 13º salário, férias remuneradas, FGTS e INSS pago parcialmente pela empresa.
Em contrapartida, o salário sofre descontos de INSS e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). Quanto maior o salário, maior também a tributação.
Assim, a segurança trabalhista é uma grande vantagem, mas o custo tributário tende a ser mais elevado para quem tem rendimentos maiores.
Atuando como Pessoa Jurídica (PJ)
Ao abrir uma empresa, o representante comercial pode emitir notas fiscais e negociar contratos diretamente com clientes. A tributação vai depender do regime escolhido:
Simples Nacional
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Recomendado para empresas com faturamento até R$ 4,8 milhões/ano.
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A alíquota para representação comercial gira em torno de 15,5% sobre o faturamento, variando conforme a faixa de receita.
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É um regime simplificado, com todos os tributos unificados em uma única guia.
Lucro Presumido
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Indicado para empresas que faturam até R$ 78 milhões/ano.
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A base de cálculo presume um lucro de 32% do faturamento para serviços de representação comercial.
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Sobre esse valor incidem IRPJ e CSLL (totalizando cerca de 15% a 16%), além de PIS, Cofins e ISS, podendo chegar a uma carga efetiva entre 16% e 18% do faturamento.
Comparando CLT e PJ
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CLT: mais seguro, garante benefícios trabalhistas, mas os descontos podem reduzir bastante o valor líquido recebido.
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PJ (Simples Nacional): mais vantajoso para quem tem faturamento médio e deseja pagar menos impostos de forma simplificada.
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PJ (Lucro Presumido): pode ser mais adequado para empresas maiores, mas exige maior organização e acompanhamento contábil.
Vantagens e Desvantagens
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CLT: segurança, benefícios e estabilidade. Porém, maior carga tributária e menor flexibilidade.
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PJ: possibilidade de maior renda líquida, liberdade para negociar contratos e otimização tributária. Por outro lado, não há direitos trabalhistas e é preciso organizar a própria previdência e benefícios.
Conclusão
A escolha entre ser CLT ou abrir empresa como PJ depende do perfil de cada representante comercial e de seus objetivos financeiros e profissionais.
E lembre-se: contar com uma contabilidade experiente nesse segmento faz toda a diferença. Um bom contador pode analisar seu caso, indicar o melhor regime tributário e auxiliar em todo o processo de abertura da empresa de representação comercial. Precisando de uma, estamos aqui para te ajudar.